Apesar de parecer que ao assistir filmes o cérebro "relaxa", uma pesquisa elaborada por cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT) demonstra que o exato oposto acontece. Em um nível mais profundo, nas conexões neurais, o fluxo sanguíneo aumenta, ativando 24 redes cerebrais diferentes.
A descoberta foi publicada neste mês na revista científica Neuron e avaliou as reações cerebrais de 176 participantes enquanto assistiam cenas específicas, como quando Dom Cobb explora um mundo de sonhos em "A Origem" e quando Kevin McCallister percebe que está sozinho em "Esqueceram de Mim".
Após notarem quais redes cerebrais foram ativadas, os pesquisadores atribuíram funções a cada uma, associando-as a processos cognitivos específicos. Entre eles, reconhecer rostos humanos, observar pessoas interagindo umas com as outras e observar cenários e pontos de referência familiares.
Para ter um parâmetro, os resultados foram também comparados com outros estudos de mapeamento cerebral realizados quando o cérebro estava em repouso, ou seja, não envolvido na observação de uma cena específica.
A partir disso, foi criado um mapa cerebral funcional, que rastreou quais são os circuitos específicos ativados para auxiliar diferentes aspectos da cognição. De acordo com eles, isso resultou no mapa funcional do cérebro mais abrangente já criado.
Em um comunicado à imprensa, o principal autor do estudo Reza Rajimehr disse que um mapa funcional com esse nível de detalhes pode ajudar a esclarecer como as redes do órgão são organizadas tanto em pessoas saudáveis quanto naquelas com condições, como esquizofrenia ou autismo.
fonte: Neuron
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